18.12.12

Procura-se um amor de verão


Procura-se um amor de verão.
Daqueles risonhos, safado, vadio, cheio de graças.

Procura-se um amor de verão como nunca visto antes.
Diferente como as ondas do mar e barulhento como fanfarra em dia militar.
Procura-se um amor de verão apto a desatar nós da garganta e que capriche nos laços do tênis.

Procura-se um amor de verão cheiroso, suado e que não tenha medo de dançar na fila do banheiro.
Que não diga eu te amo, tão pouco, repare nos pratos quebrados no armário.
Procura-se um amor de verão que acorde ao poucos.
Que não tenha a pretensão de ser o Sol e não cubra o brilho das noites solitárias.

Procura-se um amor de verão disposto a fazer parte de uma história só com meios.
Que não se importe com as bordas do sanduíche e  que coma sorrindo com canto de boca. Ah! e seja sedento por limonada e sexo.

Procura-se, não desesperadamente, que fique bem claro, um amor de verão que dure o suficiente para conhecer minhas manias de inverno.

Procura-se um amor de verão, tratar aqui!

29.6.12

A vida como ela é

No centenário de nascimento de Nelson Rodrigues comemorados este ano, a obra do mestre esta sendo relançado por todo o país.
O Clube do Bem abre alas para os contos escritos pelo pernambucano chamado " A Vida Como Ela É". Transformado em série televisiva foi transmitida pela Rede Globo.
Na homemagem de hoje: "Martin em casa e na rua".

20.2.12

Quando sei que o amor chegou

Quando sei que o amor chegou?
Não vejo o sinal verde.
Sinto uma coceira vermelha no corpo.
Penso mais.
Choro menos.
Quando sei que  amor chegou,
se ele não avisa nem manda recado.
Do amor até então, só frase de caminhão.
Desse tal amor sei o que achava que sabia.
Quando o amor chega...
Depois da paixão ou antes da ilusão?
Tenho acordado  assustado e vou dormir feliz.
Será que é amor?
Será que é amor...
gostar da briga que se desenha nos meus olhos quando nos lençóis brincamos?
Ser louco pelo jeito que encaracola meus cabelos com seus dedos e das estrelas que  me fez no teto do seu apartamento no térreo?
Queria gostar da maneira que gesticula as mãos,
dos  atrasos absurdos
e da boca fina.
Quando sei que o amor chegou?
Será que ele entrou pela porta do fundo enquanto lavava a louça daquele macarrão sem queijo que servi? E se ele errou de porta?
Uma vez ouvi dizer que o amor é bandido, cego, avassalador e capaz de transformar.
Sinto uma calma, coberto com uma camada dupla de  medo e insegurança recheado com uma voz safada dizendo bem alto: você nunca vai saber.
Amor, amor, amor! Por favor, se você estiver por perto venha para que podemos conversar.
Esperei tanto por ti que não quero te perder antes mesmo de te ter.
Vou fazer um bolo de milho para daqui a pouco.
Chega vem.
Preciso  de uma lista do que falar, como me vestir e essas coisas todas.
Tem alguém na porta.
Será que é  ele?
Será que o amor chegou?